Abro os olhos e afinal não me vejo tão longe disso, desse sonho. Já estivemos muito mais, no tempo em que nos cruzavamos e dizíamos uns simples "Olás", uns simples sorrisos e umas singelas trocas de olhares. Mas, de repente, a vida assim o quis, tudo mudou. Houve um dia que marcou. Eu sentia-me derrubada, em baixo, totalmente fraca e prestes a cair no abismo; mas, tu agarraste-me bem, com muita, muita força puxaste-me para cima e fizeste-me ver de novo a luz radiante do sol, fizeste com que a tua boa energia me fizesse esquecer o que me atormentava. Foste tu que fizeste com que eu fosse capaz de voltar a acreditar no valor de uma verdadeira amizade, o valor da nossa amizade.
Permaneço de olhos bem abertos, porque apesar de todo o sentimento, que há, tenho medo de voltar a sair magoada. Não estou a dizer que não confio no que sentes por mim, não. Só que a vida é assim, e sei que a qualquer momento até as chamadas "melhores amizades" se derrubam, de um momento para o outro, o que se constrói uma vida inteira simplesmente acaba. São coisas que a vida me ensinou nesta minha ainda curta existência. Voltando ao que de facto interessa neste momento, tu. Achas pouco o facto de eu ter orgulho e admiração por ti? Por mais que tente para mim é sempre complicado expressar exactamente o que sinto, e descrever o que já és para mim então, nem vale a pena. O meu maior desejo era poder fazer com que permanecesses para sempre comigo. E se isso um dia deixar de ser possível, sei que basta fechar os olhos e voltar ao universo paralelo, ao conto de fadas, onde existirão para sempre as duas personagens: o príncipe e a princesa. Tu e eu. Nós.
Junho de 2008
Rita Oliveira
Sem comentários:
Enviar um comentário