terça-feira, 30 de março de 2010

Quem?

Quem é que sabe se vale a pena lutar? Quem é que está encarregue de dizer que chegou o momento de cessar fogo e acabar com a guerra? Quem nos diz que a hora de partir chegou? Quem acaba com o sofrimento? Quem é que está destinado a trazer a paz de volta? Quem é que decide quem tem que ficar pelo caminho?
A quem cabe a função de responder a estas perguntas?

segunda-feira, 29 de março de 2010

Desafogo

Sempre me disseram para não fazer aos outros o que não quero que façam a mim. Nunca liguei muito a isso, mas hoje sinto que o feitiço se virou contra o feiticeiro, agora sinto na pele o que tantos outros já sentiram, por minha culpa. E custa tanto!

sábado, 27 de março de 2010

Desilusões

Sinto-me cercada de desilusões. Amigas, amigos, familiares, colegas... Às vezes sinto que até eu sou uma desilusão, não sou o que ansiava ser, não consigo ser o que os outros esperam que eu seja. Desiludo muitas pessoas, muitas vezes sem intenção, muitas vezes por não querer saber, por mera estupidez. Um dia vou arrepender-me, e pode já ser tarde demais. Um dia os outros que me desiludiram vão arrepender-se, e pode já ser tarde demais.

sábado, 20 de março de 2010

Cansaço

Sinto-me tão cansada. Parece que os meus dias foram invadidos pelo cansaço. É a única coisa que consigo sentir... Cansaço. Um cansaço que não é só físico, estou cansada por completo, corpo e alma, por dentro e por fora. Já nem pareço a mesma. Perdi grande parte das minhas forças, não sei bem como nem porquê.
Alguém que leve este cansaço daqui, de mim?


segunda-feira, 8 de março de 2010

Há dias assim

Há aqueles dias em que o que mais precisamos é o mínimo de atenção daqueles que nos são mais próximos. Há dias em que precisamos mesmo que alguém nos dê o devido valor. Hoje era um desses dias.
(Hoje isso não aconteceu.)


segunda-feira, 1 de março de 2010

Um dia encontrei-te na rua



Um dia encontrei-te na rua e perguntei como estavas. Como sempre, disseste que estava tudo bem, mas os teus olhos diziam o contrário. Não consegues enganar-me, nunca conseguiste. Notei que havia algo errado. Não querias falar comigo, eu entendi. Mas porquê? Mais uma vez não conseguiste contar-me o que te tem vindo a atormentar. Não havia nada que eu pudesse fazer, por muito que quisesse. E, como eu também nunca consegui enganar-te, rapidamente percebeste que não me estava a sentir nada bem com aquela situação e despediste-te, dizendo que depois falavamos. Eu sabia que isso nao ía acontecer e disse-te adeus. Eu nunca digo adeus a ninguém e, mais uma vez, tu percebeste a mensagem e ficaste cabisbaixo. Virei as costas e continuei o meu caminho. Uns passos à frente, sinto uma mão tocar-me no ombro, eras tu. Sim, eras tu, e nesse momento o meu coração voltou a bater a mil à hora, como há já muito tempo não batia assim. Nem foi preciso mais nada, abraçaste-me com toda a tua força e disseste: "Nunca mais voltas a dizer-me adeus". Já nem parecias a mesma pessoa que há minutos eu tinha encontrado na rua, nem parecias o mesmo a quem perguntei se estava tudo bem e que respondeu que sim, mas os seus olhos disseram que não. Foi preciso perceberes o quanto me magoa o facto de não confiares em mim para essa dor que há dentro de ti se soltar cá para fora. Sempre disse que o melhor método para aliviar a dor é o desabafo. No fim, respiraste fundo e disseste: "Tu fazes-me bem, obrigado". Sabes como me senti nesse momento? Senti-me especial e tinha o coração a rebentar de tanto pulsar. E sabes o que pensei nesse momento? Pensei que foi o destino que nos cruzou ali naquela rua e foi aí que te prometi que nunca mais te diria adeus.