sábado, 1 de novembro de 2008

nada é o que um dia foi.

Nada é o que um dia foi. Estão constantemente a mudar as pessoas, as amizades, as prioridades... A única coisa que se mantêm são estas e aquelas pequenas recordações de gargalhadas verdadeiras, sorrisos sinceros e momentos partilhados com aqueles que, tal como eu, cresceram e seguiram o seu caminho. Um caminho que já não se cruza com o meu e me faz agir como estranha quando me encontro perante alguém com quem já partilhei brincadeiras, segredos e sonhos. Muitas vezes apenas a boa educação me obriga a parar para cumprimentar. São essas pessoas que involuntariamente deixei para trás mas que nunca serão esquecidas, nem tão pouco deixarão de ser especiais, por me terem marcado durante um tempo. Não um tempo melhor ou pior. Simplesmente um tempo de que sinto saudades mas que não trocava pelo presente. Sei que daqui a uns meses , vão existir olhos a transbordar de lágrimas e ouvidos vão-se encher com palavras e promessas de que nada vai mudar, mas todos sabemos que no fundo, nada vai ficar igual. Nunca fica.

Rita Oliveira

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